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O conturbado cenário internacional força diversos riscos para as exportações brasileiras em 2019. Entre eles, o agravamento da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos é a principal preocupação para o fluxo de nossos produtos no mundo.
A euforia do mercado financeiro e de câmbio com a eleição presidencial local também ofusca, até então, a busca de soluções para evitar uma corrente menor de comércio no próximo ano, segundo avaliação de especialistas consultados pelo DCI.
Além da escalada na guerra de tarifas entre os Estados Unidos e a China, ontem, o presidente norte-americano Donald Trump também deixou claro, por meio do Departamento de Comércio dos EUA, que possui a intenção de negociar novos acordos com a Europa, Reino Unido e Japão.
No caso da negociação americana com o México, os EUA exigiram um percentual maior de produção no território norte-americano. Se antes os mexicanos compravam, por exemplo, peças de automóveis fabricadas no Brasil, provavelmente esse item irá diminuir, pois as peças serão adquiridas no vizinho deles do Norte.
Nosso país exportou US$ 4,514 bilhões ao México em 2017, e US$ 3,3 bilhões em 2018 até o final de setembro. O Brasil exportou um volume de US$ 50,173 bilhões para a China em 2017, e US$ 49,32 bilhões neste ano até o final de setembro. Para os EUA, as exportações somaram US$ 26,87 bilhões no ano passado, e ficou em US$ 20,58 bilhões em 2018 até o final de setembro.
As crises cambiais como vistas em países como a Turquia e Argentina podem se espalhar para outras economias. De forma mais direta, as exportações brasileiras para o principal vizinho do Mercosul também são afetadas, sobretudo como notado no setor automotivo na região. No ano passado, as exportações brasileiras para os parceiros do Mercosul haviam somado US$ 22,61 bilhões, e neste ano até setembro totalizam volume de US$ 16,8 bilhões.
Diário do Comércio e Indústria – DCI
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