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O aumento da geração de riqueza no Brasil passa, necessariamente, pelo aumento da inserção do Brasil no comércio internacional, com crescimento do fluxo de exportações e importações como um todo, destacou nesta quarta-feira (13) o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo. “Esse cronograma está sendo feito em sintonia com as outras áreas do Ministério da Economia e de todo o governo. Vamos evitar erros do passado, descoordenação, como se a política comercial fosse algo apartado da política econômica”, disse, ao participar do seminário de abertura do ano de 2019 da revista Voto, em Brasília.
“Nós queremos que, no dia 31 de dezembro de 2022, você consiga enxergar um porcentual muito maior do comércio internacional como componente do PIB [Produto Interno Bruto]”, afirmou o secretário especial. “Isso significa aumentar exportações e isso significa também aumentar as importações. As grandes economias competitivas do mundo são também economias que importam muito”, explicou. Ele afirmou que o governo vai realizar movimentos coordenados, amplos e graduais de abertura, de maneira responsável, alinhados a medidas de melhoria tributária, simplificação burocrática, incremento dos mecanismos de promoção comercial, entre outros.
Comércio exterior: alavanca para o desenvolvimento
Ao citar uma trajetória global dos últimos 70 anos, Troyjo elencou vários países que conseguiram mudar de patamar e que utilizaram o aumento do comércio exterior como alavanca de sua estratégia de desenvolvimento: Alemanha e Japão, depois da 2ª Guerra Mundial; China, desde 1978; Chile, a partir dos anos 1970; Espanha, desde 1982; Cingapura e Coreia do Sul. “São todos países que ascenderam na escala da renda per capita e da competitividade internacional”, lembrou.
O Brasil, no entanto, historicamente mantém baixa presença do comércio exterior na composição do Produto Interno Bruto (PIB), ressaltou o secretário. “A nossa fatia do comércio internacional é ínfima: oscila de 0,9% a 1,2%, 1,3%. É muito pequeno para quem é a oitava economia do mundo”, alertou. Mas o secretário especial ressaltou que a maior inserção do Brasil no comércio global exige a construção de soluções harmônicas, coerentes e com foco no futuro. “Prefiro muito mais a expressão inserção competitiva do Brasil no comércio global do que simplesmente a ideia de abertura”, advertiu. “Se fosse assim, era fácil. Você jogava tarifas e cotas no chão e teria a estrada para o paraíso pavimentada. Mas não é assim. A abertura é um dos pontos de apoio de um projeto de inserção internacional”.
Marcos Troyjo destacou que além dos ajustes internos, é importante olhar com atenção a conjuntura internacional. Lembrou que há “um translado do meridiano geoeconômico do mundo do Atlântico para o Pacífico”, com a crescente importância das economias asiáticas, em especial, a China – que hoje é a segunda maior economia do mundo. O secretário ressaltou que o Brasil e Estados Unidos são dois gigantes do continente americano e que vivem um momento profícuo para construir uma maior aproximação comercial. “Este é o momento de incrementar as relações comerciais com os Estados Unidos. O Brasil precisa voltar a ser um interlocutor, um importante parceiro comercial dessa economia que continuará durante muito tempo a ser o epicentro de todo o sis tema econômico mundial”, afirmou Troyjo.
Fonte: Ministério da Economia - Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
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